quarta-feira, 18 de julho de 2007

Morrer em silêncio

Silêncio. Dor e silêncio. Indignação e silêncio. É o que a maioria do cidadão-eleitor pode se impor neste momento da história brasileira não por conta apenas da tragédia de congonhas, mas, também, pelos desmandos do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, aquele que jamais será suficientemente vaiado, que de forma enervadora, insiste em contaminar a combalida casta política republicana local com suas autopromoções, seus auto-elogios, sua incauta incapacidade de perceber o coletivo comum, que levanta, trabalha, sofre, sorri e dorme. Afinal de contas, os que vocês, Rogério Lucas e Carlos Brandão, poderiam esperar?
Que alguém venha a público dizer que o agora maior acidente aéreo brasileiro foi causado, entre outros fatores, pela pista inadequada, sem as devidas ranhuras? Que o Renan é o que é, mas persiste por que o Senado Federal é incapaz de dar uma resposta aos seus eleitores e contribuinte por ser totalmente cúmplice de suas diabruras? Que o sistema de transporte coletivo urbano de Goiânia (para ficarmos restrito a capital goiana) não irá melhorar enquanto os seus proprietários freqüentarem a sala de estar do poder municipal? Que a saúde pública é o que é, como dizia o doutor Henrique Santillo, por que “um infeliz de alma maculada ousou desviar o dinheiro do mertheolate para a decoração de sua sala”? Isso não vai acontecer.
Todos, com as desculpas mais esfarrapadas e as lógicas mais esdrúxulas, assassinam, literalmente, o cotidiano do povão, que incrédulo às vezes paga para ver novamente. Falar isto em praça pública é defraudar uma bandeira cintilante, para que os petralhas lhe localizem e joguem à arena de demonização. Afinal de contas, esta choldra da Era Lula, aliada às viúvas do poder supremacista, quer entortar a roda e encaixar suas historietas de vida.
Chegou a hora de morrer calado. Chegou a hora de sofrer em silêncio.
Por Carla Monteiro

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