terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Brasil não conhece o Brasil....



Chega a ser frustrante! Depois fica eu aqui resmungando contra a maior parte dos integrantes da classe política tupiniquim. Em sendo eles eleitos por cidadãos que não sabem sequer onde fica o país do qual eles fazem parte, pode-se esperar o quê. Não é uma questão para ser desconstruida de forma linear, mas convenhamos, dizer que a culpa é só do fraco ensino nacional não pega bem...

Postado por Carla Monteiro

domingo, 25 de novembro de 2007

TeNpo - Um mergulho no universo teatral

Em 48 horas será aberto o portal ao Universo Teatral, no qual profissionais e público em geral se confratenizarão em diversos níveis. É a 6ª Mostra de Teatro Nacional de Porangatu, que acontece entre os dias 27 de novembro e 2 de dezembro. A abertura do evento será no teatro do Centro Cultural de Porangatu, às 20 horas.
Realização do governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Cultura (Agepel), em parceria com a Prefeitura de Porangatu e contando com apoio do Sebrae Goiás e da Universidade do Estado de Goiás (UEG), o 6º TeNpo terá dois grandes palcos: a Fábrica de Sonhos — circo armado ao lado do Lago Azul, com capacidade para até 1.500 pessoas — e o teatro do Centro Cultural de Porangatu (320 lugares), de frente para o mesmo lago. As oficinas de teatro também estarão concentradas no Centro Cultural.
Considerando o processo de reajustes nas finanças do Estado, o orçamento do festival neste ano é de R$ 300 mil. Apesar de reduzido, a programação do festival não perdeu em qualidade. Além disso, a sexta edição do TeNpo também apresenta uma novidade: a climatização do Circo, oferecendo mais conforto ao público.
Durante os seis dias do VI TeNpo serão apresentados dois espetáculos nacionais — Talk Pobre Show, com Fabiana Karla (que integra o quadro de comediantes do programa Zorra Total, da Rede Globo), e Do Ré Mi FaFy, com Fafy Siqueira — e 13 regionais, além de seis oficinas que abordam o aspecto didático e promovem o encontro de diferentes profissionais ligados à criação teatral.
As oficinas para o 6º TeNpo são: Arte e Educação, com Ângela Barcelos; Direção, Sandro di Lima; Expressão Corporal, Luciana Caetano; Interpretação, Guido Campos Correa; Técnicas de Circo, Tetê Caetano, e Montagem de Espetáculos, com Bruno Peixoto. (Confira a programação).
Clique aqui para ver a programação

Postado Por Carla Monteiro

O livro sobre Brizola

Em tempos de políticos de magras biografias e gordas fichas corridas, o negócio é ler Brizola. Não que ele fosse santo e merecesse, incodicionalmente, o meu voto. Votei nele uma vez, para que ele não perdesse a eleição até para o cara do Prona. Ele não era nenhum Mário Covas, mas estava longe das estirpes como Fernando Collor e Lula. Respondeu a altura dos momentos políticos que lhe apresentaram e, ainda, consegui ficar com uma senhora biografia, independente dos adjetivos ufanistas de seus fãs. Para saber mais sobre a obra, acesse o site.









Postado por Carla Monteiro

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Lula - O despertar do monstro

Há tempos, em resposta ao empresário Eugênio Staub, Lula, jocosamente, pediu-lhe pra que não acordasse o demônio dentro dele, justificando que tinha vontade de fechar o Congresso Nacional e fazer o que era preciso.
Mesmo não sendo pitonisa está evidente que o monstro interior está sobrepujando a personalidade de nosso presidente. Ele já quase nem dá conta de disfarçar.
Agora, envia mensagem de congratulações ao primeiro-ministro dinamarquês, Anders Rasmussen, pela vitória de seu partido nas eleições parlamentares do último dia 13, o que lhe facultará o direito de chefiar o governo pela terceira vez consecutiva.
Desinformação ou má-fé? É preciso refletir e parar de creditar às retóricas de Lula à seara do folclore. Afinal não existe democracia venezuelana que mereça tantos afagos do Executivo brasileiro.
Plebiscito e eleições não referendam democracia. Ditaduras já se valeram dos institutos e nem por isso ficaram bem na fita da História.

Postado por Carla Monteiro

Inté mais vê!

Alguém me ligou a pouco e contou que Phaulo, o Gonçalves se foi. Saudades! Um cara que soube viver respeitando o próximo, mesmo que o próximo, às vezes, fosse uma planta. Boa gente. Logo, logo, todos nos reuniremos, doce amigo.

Postado por Carla Monteiro

sábado, 17 de novembro de 2007

Um trampolim chamado Brasil



Postado por Carla Monteiro

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A guerrilha em prol do Ouro Branco

Pegou muito mal, a defesa intransigente (e até deselegante) que o secretario estadual de Saúde, o sanitarista Cairo de Freitas, fez esta semana ao leite goiano. Não se mostrou nem um pouco desconfortável com a missão de propalar uma meia-verdade e, simultaneamente, tentar abalar a credibilidade do Procon estadual.
Não ficou nem ruborizado de ter que confirmar que o resultado que sustentava não havia sido conseguido a partir dos mesmos lotes utilizados na pesquisa do órgão de defesa. E aqui faço uma pausa para me indagar: a quem prestigiaria essa suposta desautorização pública do Procon. Um desserviço.

Postado por Carla Monteiro

SSP está acima da lei

A Polícia goiana, em especial a Militar (agora uma superintendência da Secretaria de Segurança Pública), definitivamente parece estar confundindo autoridade legal com autoritarismo. Levantamento do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, comandado pelo ministro Paulo Vannuchi, tem listado 18 casos sobre assassinatos e desaparecimentos atribuídos a policiais militares de Goiás, nos últimos seis anos e meio. A situação será denunciada à ONU. Isto, porém, aparentemente não abala o titular da SSP goiana, o criminalista Ernesto Roller, que com sua pose de galã e sorriso fácil se mostra mais propenso a desdenhar da situação. "Não há evidências de morosidade nas buscas pelas autorias. A corregedoria tem tudo sobre controle". Resta-nos apenas indagar 'controle de quem?'.
O escárnio à situação é de tal dimensão que chega a causar medo, pois ao contrário do que possa parecer, a cada suposto criminoso que se mata, outros protagonistas da marginalidade surgem e se estabelecem com maior ferocidade. Recentemente me indagaram dos motivos que guindaram o ex-secretário José Paulo às graças dos policiais. Arrisquei a responder que o planejamento estratégico implementado nas açaões, aportados por uma signficativa melhora logística. Ouvi risos, para em seguida ser 'informada' que a melhora salarial significativa o teria intronizado ao reino dos eleitos. Em considerar esta linha de raciocínio como correta, seria então plausível sustentar que o atual secretário para se manter na redoma da admiração dos comandados estaria fazendo vistas grossas à faxina justiceira.
Afinal de contas é inadmissível que uma chacina nos moldes do bar califórnia não se tenha sequer indícios de autoria. É brincadeira! A Delegacia de Homícidios sustenta que é difícil represar esse tipo de crime, mas volta e meia consegue devendar autorias quando se trata de vítimas com uma certa posição social e cujos algozes não pertençam aos quadros dos que deveriam defender a sociedade.
Esta situação me remete aos idos dos anos 80, quando um certo delegado, travestido de Eliot Ness (personagem inspirado na vida real do policial que atuava na Chicago do início dos anos 30 para coibir o poderio da máfia e fazer valer a lei seca), mas às avessas, resolveu editar os ‘garotos de ouro do Médici’ e varrer Goiânia da presença de supostos bandidos [digo supostos por que nenhum foi julgado com base na lei vigente no Brasil]. Era a turma do UVA – União das Vítima de Assaltos.
A todo instante surgiam partes de corpos nas portas de vítimas, jornalistas e até do Palácio das Esmeradas, com a devida assinatura: um cacho de uva. Era o escárnio do escárnio. Aproveitaram a lenda urbana de que um braço da Scuderie Le Cocq (homenagem a Nilton le Cocq, lendário detetive carioca em ação nos anos 60; muito mais que uma escuderia, o grupo montou uma entidade paramilitar, com ritos medievais de iniciação, uniformes e o indefectível capuz negro para ações armadas; nessa estranha confraria, os membros tratam-se por ‘irmãozinho’ e difundem a idéia de que proteção mútua é questão de vida ou morte; adotam uma caveira como símbolo, apoiada em duas tíbias cruzadas sobre as quais lêem-se as iniciais EM - clara alusão ao Esquadrão da Morte, terror nos anos 70; a escuderia Le Cocq, segundo conclusões da Polícia Federal, é mantida, até os dias de hoje, com contribuições empresariais capixabas) havia se transferido para Goiânia, como forma de se valorizarem.
Na minha avaliação nunca passaram de bandidos. Aliás, piores do que aqueles que julgavam estar livrando a sociedade, pois ao matar, esses agentes públicos corrompidos acabavam por assumir as atividades ilegais bancadas pelos exterminados. Era um caos. Os anos se passaram, e paulatinamente, eles foram sendo aposentados. O que se percebe, agora, é que o grande volume financeiro gerado pelo tráfico e golpes pela internet têm aguçado o instinto assassino de alguns da tropa policial.
Muitos cidadãos podem até não conter os aplausos a esse lado submerso da cidade, onde impera uma sinistra teia de poder que se enrosca em setores do aparelho estatal e contamina o discernimento. Hoje se é consentido matar, sem julgamento, os que se colocam à margem das leis vigentes, amanhã os mortos podem estar em nossas salas e não teremos para quem reclamar ou clamar por respeito às leis. E a história está repleta de situações como estas. Não sou contra que a polícia se faça autoridade legal e se valha de instrumentos previstos na Constituição e nas leis vigentes para estabelecer a ordem. Mas atribuir a si própria o poder de Judiciário é pegar senha para uma sociedade esfacelada. É dizer olá para a SS.

Postado por Carla Monteiro

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O reducionismo infantil

Parece coisa de criança disputando espaço no meio da roda. É assim que vislumbro a cruzada da deputada Iris Araújo, ao assumir a tribuna da Câmara dos Deputados e espaços da imprensa goiana escrita para tratar sobre as condições acadêmicas do senador Marconi Perillo. E não trato do assunto tomando por parâmetros a simpatia por um ou outro. Ao contrário! O que percebo nesse embirramento prolongado é o cabo do chicote despertado pelo viés do infantilismo. Uma parlamentar que, depois de passar quase cinco décadas à sombra de um político emblemático, decide marcar presença no território das decisões coletivas, com um placar notório de 202 mil votos, esbarrando-se, porém, com que há de mais infantil e mesquinho. É pequeno! É muito pouco, para alguém que tem a chave aos grandes embates e poder para conquistar muito mais. Não estou aqui defendendo um ou outro, mas rechaçando uma visão reducionista, que mais se serviria ao chá das cinco. Dizer que Perillo folga com os menos favorecidos ao exibir supostos privilégios acadêmicos é, no mínimo, falsear com a seriedade. Dona Iris (eu particularmente prefiro deputada Iris Araújo, pois rompe com grilhões de mando patriarcal), o momento político precisa de agentes públicos mais sérios. O Batista Custódio me ensinou (consigo comprovações diárias!) que os vestais da rua de cima são os verdugos da rua de baixo. Sem contar que os dois milhões de goianos que votaram no hoje senador Perillo estão mais preocupados em saber se ele continua com sua visão coletiva nítida ou se deixou turvar pelas migalhas momentâneas do poder. O que se tem observado é que o vôo do senador tem se assemelhado mais ao da águia do que ao do pato. Por mais que se tente propalar que o senador goiano seja o agente causador de um suposto neoplasma nas finanças públicas e que sua atual condição acadêmica expulse e humilhe centenas de universitários humildes, a impressão que se tem é que a inveja quando não mata, amputa a cognição critica. Tudo é impermanente, deputada. Entretanto é salutar lembrar que o que plantamos hoje, colhemos no momento seguite, que se chama amanhã.

Postado por Carla Monteiro

domingo, 4 de novembro de 2007

Icone da música concreta

A música, independente do gênero, é a expressão do belo. É nesta perspectiva que indico o vídeo do maestro Soares Brandão. Aluno do inventor da música concreta Pierre Schaeffer, Soares Brandão, ao menos na Europa e Ásia, é hoje o exponente maior dessa escola musical. Badalado pelos franceses, Soares Brandão nos brinda com uma variação, de seu autoria, da música Asa Branca. Tim, tim...


Postado por Carla Monteiro

Leite contaminado

Enquanto autoridades legislativas insistem em discutir a fraude do leite, contaminado com produtos nocivos à saúde, como se não soubessem de nada, o meu amigo Martiniano Rossi optou pelo deboche. Até achei graça, apesar de pouco admirar a comédia. Principalmente, quando ela tem foco sexista.


Postado por Carla Monteiro

O leite nosso de cada dia

E a crise do ouro branco? Agora a Assembléia Legislativa de Goiás quer instalar a CPI do Leite. Só rindo! Explico. Primeiro, por que uma significativa parcela de nossos paralamentares são ou pecuarista ou defensores (leia-se financiados) deles. Ai já viu! É como colocar a raposa para cuidar do galinheiro. Vão fazer muito barulho, mas no frigir dos ovos o intermediário (aquele que junto com o comerciante final regula o preço nas duas pontas - produtor e consumidor) deverá ser o mais apedrejado. Tô fora de qualquer discussão nesta esfera, pois ela padece de credibilidade. Salvo de alguns membros que, infelizmente, pouco ou quase nada conseguem viabilizar de concreto.
O certo é que o problema do leite, assim como de outros muitos setores produtivos, é a falta de fiscalização e de punicação real. Quantas vezes já se denunciou (até com provas contundentes) as alterações no produto, bem como em seus derivados? Inumeras foram às vezes. Aí se aplica uma multa e a vida continua. Hoje, a imprensa local destaca que apenas 79 laticínios, dos quase 300 em funcionamento em Goiás , são vistoriados. É a lei do "alguém finge que manda e outro alguém finge que obedece". Vergonhoso.
Os barões do setor leiteiro e da carne, bem como algumas figurinhas tarimbadas da fiscalização pública, preferem creditar desabonos às honras do presidente do Sindicato dos Veterinários, o professor Hélio Louredo, do suprerintendente do Procon estadual, Antônio Carlos de Lima, assim como as dos responsáveis técnicos, do que, realmente, implementar soluções.
Afinal de contas, elas custam trabalho, investimento e até mesmo cargos. E a reforma administrativa está aí e quem é que vai querer 'incomodar o governador' com planos que acarrentem no aumento de investimentos ao setor. Só os que não amam as distinções e os pderes advindos com os cargos. Nun estado em que o plantel bovino representa dois terços do contingente populacional humano é muito pouco que se tem feito. É brincar de administrar. Pior, é fazer de conta que se administra a economia agrorural e, ainda, está focado no bem estar social do coletivo que consome dos produtos.

Postado por Carla Monteiro