sábado, 1 de março de 2008

Bordoni desnuda Lucia Vânia

Nas últimas duas semans, os senadores Lúcia Vânia e Marconi Perillo, ambos do PSDB goiano, têm despertado acaloradas discussões. Entretanto, na última quinta-feira, 28, o jornal "O Estado de Goiás" trouxe um artigo, veiculado na Coluna do Bordoni, na página 4, que desnuda os bastidores que perpassam o imaginário dos envolvidos - Megalomanias de uma patricinha envelhecida. Alguns poderão se insurgir contra termos ou tons do texto abaixo, entretanto não poderão desmenti-lo, pois Luiz Carlos Bordoni se notabilizou, em quatro décadas de jornalismo, em Goiás, por sua verve desnudada de loas e emoldurada pela credibilidade. Considero salutar a leitura do texto.


Lúcia não é rebelde. Trata-se de uma patricinha envelhecida “dando piti”, como dizem os goianos. Acostumada a ter tudo, a ser servida em todas as suas vontades, pavoneia-se e quer ter e ser mais que os demais. Para muitos, no entanto, não passa de uma “barraqueira” muito dada ao calote e voraz praticante da ingratidão.
O senador Marconi a conhece bem e, in cathedra, pode até falar que estamos todos diante de uma mulher sem palavra. Lembro-me de quando ela foi ao então governador pedir que a inserisse na Executiva Nacional do PSDB, para a qual não havia sido eleita. Marconi obteve o beneplácito do deputado federal Carlos Leréia, então 2º vice-presidente nacional do partido, desde que Lúcia cedesse ao colega parlamentar o cargo que então ocupava na Executiva Regional.
Leréia renunciou ao cargo, Lúcia assumiu. Perguntem se ela fez o mesmo, cumprindo o pacto, entregando o seu posto no Diretório Regional. É claro que não! Foi ao topo e deixou a todos a ver navios.
A eleição dela ao Senado se deu na bacia das almas. Fez uma campanha fora do conjunto, apostando que seria mais votada que o próprio governador. Marconi relevou tal pretensão arrogante. De sua parte, Demóstenes foi magnânimo, falava na dobradinha de senadores, mesmo sabendo que jamais ouviria a contrapartida.
As pesquisas mostravam Demóstenes dentro, Lúcia fora – isso aos 44 minutos do segundo tempo. Foi preciso mostrar a ostensiva riqueza do rival, rebanho quase incontável, aeroporto rural com dimensões internacionais y otras cositas, para que pudesse cruzar a linha de chegada com a vantagem do nariz. Até aquele momento nunca se havia cogitado buscar tal expediente.
Quer culpar prefeitos do interior por ter ficado em segundo e Demóstenes, do então PFL, em primeiro é “frescurite” de patricinha mimada. Deve dar graças a Deus, ao Marconi, ao Maranhão, ao Bordoni e ao Roberto Lima por ter chegado lá., a campanha de Demóstenes teve propostas, ousadia, discurso. “O chão vai tremer, quando eu chegar ao Senado” - disse ele e eu o chamei de “Terremoto”. E ele chegou e o chão tremeu e ainda treme, pois é magnânima a sua atuação parlamentar. Alguém se lembra de alguma coisa dita por Lúcia à época? Alguém sabe o que fez Lúcia no Senado nesses seus primeiros quatro anos de mandato?
Quem é e que é Lúcia para dizer que falta humildade ao Marconi, se ele foi uma das pessoas que sempre o tiveram como “garoto de recados do Santillo”, garoto de recados que tem menos idade do que tem a senadora de vida política e que conseguiu mais que ela em apenas metade do tempo?
Como o tempo é o senhor da razão e a vida é a uma escola, por ambos o senador aprendeu o que é ser humilde e o que é ser otário. De otário nessa história só resta este que vos fala (está lembrada da campanha para prefeito, senadora?)
Tenho minhas diferenças com ambos. Sou amigo do senador e não me importa que seja a recíproca verdadeira, pois ainda como o pão que o diabo amassou por conta de suas eleições. Dizer que sou amigo de Lúcia é difícil, embora eu a conheça desde 1976, pois ela exige tudo por ela e para ela.
E é vingativa. Remói e renova ódios. Traiu Marconi no pacto das emendas por Goiás. Ela preferiu fazer o jogo do Governo em prejuízo aos interesses do Estado. Ela mesma se condenou à solidão de seus passos trôpegos e nem sabe por aonde ir ou para onde ir.
Os atos de Lúcia dão um livro. Contos reais de perfídia. Trai os que ajudam e ajudaram por amizade ou fidelidade partidária. Aliás, a exemplo de um grande amigo, hoje vivendo por aí, Lúcia exige a fidelidade de todos, mas nunca foi fiel a ninguém. Seus assessores mais próximos eram tratados feito capachos. Eu conheço a todos e as suas histórias. Exceção feita a algumas amigas hoje residentes em Brasília e que a ela prestam serviços (e recebem), dos demais não se ouve nada agradável.
Ao invés de pular de galho, Lúcia deveria trabalhar uma aposentadoria em alto estilo – já que insistimos tanto na tese de que a última imagem é que fica. Já fez coisas importantes,embora permita que as suas oscilações temperamentais vivam a provocar céus de tormentas e a expor a sua dúbia personalidade.


Postado por Carla Monteiro

2 comentários:

PRBobsin disse...

Concordo com as críticas a conduta da sra.Lúcia Vania!!

Senão vejamos o que ela faz:
Escrito por Dr. Wu Tou Kwang
FATOS SOBRE A VOTAÇÃO DO PL DO ATO MÉDICO EM 2006 NO SENADO
É importante conhecer os fatos da votação anterior para poder entender a tramitação atual do PL do Ato Médico no Senado, tendo como relator Antônio Carlos Valadares.
Era relatora do PL 25/02 na CAS, reuniu-se durante 3 anos com os vários Conselhos, e no fim de ano 2006, na hora H, trocou o texto pelo PL 268/02, sem avisar ninguém claramente. E muitos Conselhos fizeram papel de pato apoiando o texto errado, sem ter percebido a sacanagem.

Ela adotou uma estratégia que foi usada em 2002, para votação do PL 25/02 na CCJ do Senado. Foi uma confusão danada, foi um raio que caiu nas cabeças dos profissionais de saúde e nos seus Conselhos! Pegaram todos desprevenidos.

Assim, da mesma forma, colocou o texto para ser votado, sem avisar nenhum Conselho formalmente, num fim do ano, véspera de recesso parlamentar, perto de Natal, depois da Campanha Eleitoral de 2006, vários senadores perderiam mandato em janeiro (e claro, mais baratos também). Realmente a estratégia deu certo, quase todos os Conselhos não estavam presentes, porque era fim de ano ou porque achavam que estava sendo votado o texto já discutido ao longo de 3 anos.

Só descobri que haveria votação do PL do Ato Médico porque li uma notinha na coluna Painel do 1o. Caderno da Folha. Tive que avisar a todos apressadamente e mandar Eduardo Brasil para o Senado imediatamente, pois a votação seria no dia seguinte!

Apesar do esforço de Eduardo Brasil, acionando senadoras Ideli Salvatti, Heloísa Helena e senador Flávio Arns, nada foi possível. O senador Flávio Arns tentou pedir vista, mas descobriu que de forma "inteligente", a Lúcia Vânia entregou o relatório numa 2a. feira, bem cedinho, na abertura da Secretaria da CAS, de modo que o prazo de 48 horas já tinha vencido quando Arns foi fazer a solicitação. Todos sabem que os parlamentares costumam chegar a Brasília na 2a de noite ou 3a ao longo do dia. Desta vez houve comportamento atípico.

Nas reuniões da CAS, a Lúcia Vânia defendeu a mudança do texto para PL 268/02 e alegou que teve o consenso de todos os Conselhos e apoio do Ministério da Saúde, que na verdade, tinham discutido outro texto, do PL 25/02.

Perdemos de lavada, todos votaram a favor do PL 268/02 porque ninguém leu o texto (é fato corriqueiro, todos deixam por conta do relator do projeto de lei); porque não havia quase nenhum profissional de saúde presente, só havia médicos; porque acreditaram que havia consenso dos Conselhos e do Ministério da Saúde; e porque era um abacaxi que seria melhor ser descascado pelos colegas da Câmara.

A senadora Ideli Salvatti acabou deixando a bancada do PT livre para votar o que quiser devido à pressão do Ministério da Saúde.

Tentamos ainda mandar o PL do Ato Médico para Plenário do Senado, para ganhar mais tempo e mandar a discussão para 2007. Precisaria de anuência de 9 senadores. Cristovam Buarque fez a lista, chegou a 16. Ficamos alegre porque isso garante a discussão no Plenário. Entretanto, lendo os nomes, fiquei meio apreensivo, havia vários senadores do DEM e do PMDB, inclusive de notórios inimigos dos profissionais de saúde. O pior aconteceu, 9 senadores astutos assinaram e pertinho do prazo final para entrega da lista, retiraram as assinaturas. Era armadilha, assinaram para enganar o senador Cristovam Buarque e a nós também! Sobraram apenas 7 assinaturas, perdemos!

Assim, o PL 268/02 passou pelo Senado e foi para Câmara com PL 7703/06, e que voltou agora em 2010 para o Senado como Emenda ao PL 268/02

IMPORTANTE GUARDAR OS NOMES, 2010 É ANO ELEITORAL

Unknown disse...

Eu quero entender como que uma pessoa como a então candidata LUCIA VANIA,que pretende representar o povo na bancada do senado, descrimina um ex presidiário que já pagou sua pena, e que luta para ter uma oportunidade junto a sociedade. Essa mesma candidata não aceitou esse funcionário para ser um simples panfleteiro. Fica a pergunta quem ela quer representar os magnatas?