sábado, 8 de março de 2008

Igualdade nas diferenças dos gêneros

Durante toda esta semana, estive envolvida em diversas palestras e tarefas manuais, visando o dia de hoje, sábado, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Ouvi de tudo um pouco e o que mais pude perceber é que há muito a se fazer para que o gênero feminino seja um dia, realmente, inserido na pauta educacional da cultura patriarcal que é a nossa.
Encontrar igualdade nas diferenças dos gêneros não é difícil, mas aceitá-la é, por vezes, uma barreira intransponível. Muito se foi conquistado, mas a luta é diária e não se pode esmorecer. Uns simplificam a questão, afirmando que todo dia é dia da mulher. Argumento infantil, que serve apenas e tão-somente para jogar um véu sobre a realidade desigual e humilhante que uma maioria esmagadora é subjugada diariamente.
Os números desmistificam as afirmações carinhosas (repetidas a exaustão) de que “numa mulher não se bate nem com uma flor”. A cada 15 minutos uma mulher é agredida no Brasil. Estes dados dizem respeito à violência física. Todavia, a violência psicológica, ainda, grassa entre nós e pode ser verificada até mesmo em frases despretensiosas, piadas rotineiras e olhares consagrados pelo desrespeito camuflado. .
Há pessoas que garantem respeitar as mulheres, como se fossem suas mães, mas escondem de todos que aquelas que as colocaram no mundo são psicologicamente desacatadas em suas individualidades até o túmulo, baseando-se no contrato estabelecido pela natureza. Alguns poucos, entretanto, lutam minuto a minuto de suas existências para romperem os grilhões culturais e, assim, aprendem a cultuar o respeito a todo ser vivo, incluindo a mulher. É isto aí!
Uma questão é a luta por direitos civis e outra pelo respeito às diferenças. A primeira pode ser conquistada a fórceps. A outra não, pois passa pelo complexo entendimento de que todos somos um (física quântica). Romper a barreira do medo e se ver refletido em todos e em tudo é um árduo exercício, que resulta na magistral experiência da igualdade, do respeito e da solidariedade.
Parabéns a todos que, diariamente, buscam conscientemente enxergar no outro a si mesmo, sem que para isto tenham que rechaçar. Parabéns, às mulheres e aos homens que encontram nas desigualdades a possibilidade de construírem o respeito coletivo. Parabéns, àqueles que acreditam e trabalham para um mundo em que a solidariedade venha a ser o sentimento preponderante.
Salve o 8 de Março!
Salve a liberdade!
Salve o respeito!



Postado por Carla Monteiro

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