quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Etanol? Alerta, perigo...

Produto subvencionado por governo pode, sim, transforma-se em um grande mico. O etanol está neste rol. Sem contar que depender da natureza é apostar no imponderável. Este negócio de 'em se plantando tudo dá' só na cabeça de marqueteiro. E apostar numa solução que dependa de plantio todos os anos ou até três vezes ao ano... Por favor!
É salutar frisar que 80% da soja brasileira está comercializada diretamente do produtor com duas 'empresinhas': BUNGUE e CARGIL. Portanto sobra para o mercado interno e bioenergia, 20% da colheita.
Na outra ponta dessa desconfiança, um quilograma de soja vale US$ 0,13, um quilo de cana vale US$ 0,18, um quilo de arroz US$ 0,20. Já um quilo de Boeing custa US$ 1 mil; um quilo de foguete US$ 50 mil; um quilo de software vale US$ 1 milhão. Apenas para ilustrar, a Celg mantém um contrato com uma empresa, AUTOTRAC para localização via satélite de problemas detectados em sua rede no estado, e recebe da prestadora do serviços, a informação sobre a logística a ser usada, como qual veículo está mais próximo do defeito.
O contrato deve girar na esfera de seis dígitos em moeda corrente, mensalmente. Como ilustração, o departamento de Ciências da Computação da UFG, por alguns meses deste contrato, teria total capacidade de desenvolver um software igual ou superior a este, podendo ainda gerar uma prestação de serviços para terceiros interessados neste tipo de contrato, retornando aos cofres públicos o investimento realizado em menos de um ano.
Aliás, se os investimentos em cima de software fossem a nível mundial e o Brasil entrasse no mundo cibernético com apenas 1% (um por cento) do mercado mundial, teríamos uma receita duas vezes superior ao nosso PIB.

Postado por Carla Monteiro

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