Investigações preliminares da Superintendência Goiana do Ibama dão conta de que os gastos da servidora pública federal Marina de Fátima Ferreira, com tratamento de beleza, representam apenas cerca de 3% do total desviado dos cofres públicos. Com a aquiescência do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), estima-se que em torno de 800 milhões de reais foram desviados, ao longo dos últimos cinco anos, para contas bancárias de 11 pessoas.
Infelizmente, a ponta de um iceberg, considerando o raquitismo da vida social e a secular privatização da coisa pública. E não adianta querer extinguir os cartões corporativos. A questão é rever os dispositivos de seguranças e ampliar, ainda mais, os acessos e os instrumentos dos cidadãos à fiscalização dos recursos públicos.
Político, com ou sem projeção nacional, que fala mal dos cartões administrativos é por que está interessado na volta da verba secreta na administração federal, tal como existe, por exemplo, em Goiás, no Palácio das Esmeraldas. Isto, sim, é uma vergonha e não segurança. Protege apenas ao estamento pouco cioso com o dinheiro alheio e que se julga acima dos interesses dos contribuintes.
A conseqüência inevitável dessa visão, além dos óbvios casos de corrupção, impunidade, empreguismo e nepotismo, é uma brutal perda de eficiência, que compromete seriamente a produtividade e reduz a competitividade da economia local e nacional.
Postado por Carla Monteiro
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Desvio no Ibama é retrato da visão patrimonialista
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